O jogador da Chapecoense, Busanello, que está emprestado ao Dnipro-1, da Ucrânia, falou com exclusividade ao jornalista Rangel Agnolini, do Grupo Condá de Comunicação, sobre a atual situação do país. A transferência do lateral-esquerdo para o time ucraniano ocorreu no início do mês de fevereiro. O atleta estava na Turquia, na nova temporada do clube e havia chegado nesta quarta-feira (23), na Ucrânia.
“A gente acabou saindo de Dnipro para uma cidade do interior, são umas duas horas de carro, mais em direção a fronteira oposta à Rússia. Até então na cidade de Dnipro não havia recebido nenhum ataque. Agora nós vamos indo de cidade em cidade para chegar o quanto antes na fronteira com Polônia”, disse o jogador.
Ainda segundo o atleta, o clube está dando todo o apoio, mas que os moradores da região seguem tensos. Por conta disso, muitos estão buscando mantimentos em supermercados e a gasolina nos postos de combustíveis está acabando, o que traz a insegurança aos atletas, por não ter a certeza que terão combustível suficiente para sair da Ucrânia.
“A gente não sabe o que pode acontecer, mas agora o objetivo agora é poder voltar para casa, já entramos em contato com a embaixada, mas lá [Kiev] está mais tenso do que aqui, pois nós estamos mais no interior do país e não tem conflito. Mas para chegarmos em Kiev, não sabemos o que vamos encontrar na estrada, pois já tem tropa russa lá”, finalizou o atleta.
Formado nas categorias de base da Chapecoense, Busanello chegou ao clube em 2016. Pela equipe profissional do Verdão, foram 68 jogos disputados e quatro gols marcados.
Rússia ataca a Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou na madrugada desta quinta-feira (24) – horário de Brasília -, uma operação no leste da Ucrânia. Durante o pronunciamento, o governante afirmou que ” todas as decisões já foram tomadas e que os russos precisam se preparar para mudanças nos próximos dias”, instantes após, explosões foram ouvidas na Ucrânia.
Ainda durante a fala, Putin destacou que os ataques têm como alvo bases aéreas ucranianas e outras áreas militares, não zonas povoadas. O presidente também alertou para que nenhum outro país interfira na ação russa na região separatista na Ucrânia.
“Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, disse o líder russo.
