Verde Vale FM

ELETRO FEMAX

Brasil

Tragédia em Brumadinho completa 4 anos e ainda há desaparecidos

Barragem se rompeu e deixou pelo menos 267 mortos em janeiro de 2019

Tragédia em Brumadinho completa 4 anos e ainda há desaparecidos
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando
 
Maria de Lurdes da Costa Bueno, Nathália de Oliveira Porto Araújo e Tiago Tadeu Mendes da Silva ainda não foram encontrados (Foto: Divulgação/g1)

A tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, onde a barragem Córrego do Feijão se rompeu e deixou um rastro de destruição, está completando quatro anos nesta quarta-feira, dia 25.

Desde aquele dia, 267 vítimas já foram encontradas em meio ao lamaçal, todas sem vida, e ainda há três pessoas que seguem desaparecidas, segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.

última vítima encontrada foi Cristiane Antunes Campos, de 35 anos, no dia 20 de dezembro do ano passado. Ela era natural de Belo Horizonte (MG) e trabalhava como supervisora de mina.

A lama tomou conta da região da Mina Córrego do Feijão, dificultando o acesso e também as buscas por pessoas desaparecidas. Diante deste cenário, os bombeiros e pessoas de todo o país passaram a trabalhar dia e noite para localizar as vítimas.

Este foi o maior acidente de trabalho no Brasil em perda de vidas humanas e o segundo maior desastre industrial do século.

Vítimas que seguem desaparecidas

• Maria de Lurdes da Costa Bueno, de 59 anos, passava as férias com a família em uma pousada de Brumadinho, que foi soterrada. Os dois enteados, a nora e o marido dela morreram.

• Nathalia de Oliveira Porto Araújo, de 25 anos, era estagiária na Vale. 

• Tiago Tadeu Mendes da Silva, de 34 anos, trabalhava na mina de Sarzedo e foi transferido para Brumadinho cerca de 20 dias antes do rompimento da barragem.

Auxílio de socorristas catarinenses

 

A equipe dos bombeiros militares de Santa Catarina esteve em Brumadinho para auxiliar nas buscas pelas pessoas desaparecidas, mobilizando equipes de Força-Tarefa e também os binômios – dupla entre bombeiros e cão farejador.

 

Foram mais de 50 dias de suporte nos trabalhos, com 43 socorristas, de 14 batalhões catarinenses, que se revezaram em equipes de força-tarefa. Além disso, foram empregados sete binômios, três drones com pilotos, quatro viaturas de busca, um caminhão de ajuda humanitária e um ônibus.

 

Durante as semanas de buscas, os militares catarinenses realizaram mapeamentos das áreas, criaram estratégias para a busca de vítimas, aplicando os conhecimentos desenvolvidos em Santa Catarina.

 

Além disso, o CBMSC também realizou desmanches manuais e hidráulicos, escorvas – procedimento de retirada de água ou lama, para facilitar o trabalho ou acesso ao local afetado, além da identificação de documentos.

 
Bombeiros militares catarinenses estiveram auxiliando nas buscas dos desaparecidos (Fotos: CBMSC)

Punição 

Conforme o g1, nesta terça-feira, dia 24, a Justiça Federal aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra 16 pessoas e as empresas Vale e Tüv Süd pelo rompimento da barragem.

Os envolvidos foram denunciados por homicídio qualificado, além de crimes contra a fauna e flora e de poluição.

As investigações concluíram que a realização de perfurações verticais foi o gatilho para a liquefação que provocou o rompimento da estrutura, que já estava frágil, no dia 25 de janeiro de 2019.

Apesar de ter conhecimento dos problemas da barragem, a consultora Tüv Süd emitiu Declarações de Condição de Estabilidade que permitiram que a estrutura continuasse funcionando mesmo com fator de segurança abaixo do recomendado por padrões internacionais. A mineradora sabia da situação e apresentou os documentos às autoridades.




 
FONTE/CRÉDITOS: Oeste Mais

Veja também