A morte da pequena Kemilly Vitória Pires Siqueira, de apenas quatro meses de vida, está sendo investigada no município de Ponte Serrada. A bebê faleceu nesta quarta-feira, dia 12. A declaração de óbito do Hospital Santa Luzia, onde ela estava internada, aponta “morte súbita”, “febre a esclarecer” e “reação vacinal” como possíveis causas.
Na tarde desta quinta-feira, dia 13, a Secretaria de Saúde de Ponte Serrada emitiu uma nota sobre o caso (leia na íntegra mais abaixo). De acordo com o texto, “o município está colaborando com as autoridades, encaminhando todos os documentos necessários, no intuito de dar mais celeridade e total elucidação ao ocorrido”.
Segundo familiares, a menina deu entrada no hospital no último domingo, dia 9, após apresentar bastante febre. A avó da criança contou que a bebê havia tomado a segunda dose da vacina contra a poliomielite na última semana, com as reações começando em seguida.
A menina receberia alta nesta quarta-feira, foi medicada por volta das 22 horas de terça-feira, dia 11, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória. Kemilly Vitória havia completado quatro meses na última sexta-feira, dia 7.
A Secretaria de Saúde do município disse que entrou em contato com a Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina assim que tomou ciência do caso.
“Nesta tarde recebemos a visita dos técnicos do Estado, os quais estão realizando a busca pelas informações oficiais. Após investigação de todos os dados, um relatório será enviado ao CRIE (Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais) que irá emitir um parecer técnico”.
O corpo de Kemilly foi velado na igreja Só o Senhor é Deus, no bairro Cohab, em Ponte Serrada. O sepultamento ocorreu às 17 horas de quarta-feira, com celebração religiosa, seguindo para o cemitério municipal.
Leia a nota da Secretaria de Saúde de Ponte Serrada:

A Secretaria de Saúde de Ponte Serrada salienta que eventos adversos relacionados à vacinação podem ocorrer, mas são raros.
Especificamente sobre a vacina contra a poliomielite, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) diz que “geralmente as reações adversas são passageiras e desaparecem em 24 a 48 horas. Alguns efeitos são dor ou vermelhidão no local da injeção, febre moderada, dor de cabeça ou dor pelo corpo”.
Os estudos clínicos envolvendo as vacinas são rigorosos e incluem análises não apenas da eficácia, mas segurança. Caso haja problemas em qualquer um dos aspectos, os estudos são descontinuados, e sem a conclusão deles, não há possibilidade de um medicamento ou vacina ser aprovado pelas agências regulatórias.
“Que fique bem claro que não há uma causa básica de óbito definida, pois o caso passará pela investigação do Comitê de Óbito Regional”, conclui a nota da Secretaria de Saúde de Ponte Serrada.