Neste Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, o Brasil reforça um compromisso coletivo: garantir comida boa e acessível a todos. A edição de 2025, inspirada pelo tema “Segurança dos Alimentos: a ciência em ação”, une saberes populares e descobertas científicas em torno de um mesmo propósito — transformar o conhecimento em nutrição e dignidade. Criada em 1979 pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a data convida o mundo a refletir sobre o direito humano à alimentação. Além disso, estimula governos, escolas e comunidades a agir de forma concreta contra a fome.
Inovação e diálogo em torno do Dia Mundial da Alimentação
Na Universidade de São Paulo (USP), a Faculdade de Saúde Pública abriu suas portas para a mostra “Alimentação, territórios e resistência”, reunindo fotos, debates e feiras agroecológicas. Dessa forma, a iniciativa conecta a produção local à ciência e mostra como o alimento é também expressão de cultura e identidade. Em cada atividade, a mensagem é clara: ciência e tradição não competem; ao contrário, elas se fortalecem mutuamente.
Enquanto isso, o Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde, ganha destaque neste Dia Mundial da Alimentação. O documento, considerado referência internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS), propõe uma relação mais consciente entre pessoas e comida, valorizando alimentos in natura, práticas culinárias regionais e o compartilhamento das refeições. Essas orientações reforçam que comer bem é também um ato de cidadania, cultura e cuidado coletivo.
Políticas e ações que inspiram esperança no Dia Mundial da Alimentação
O governo brasileiro também marca presença neste Dia Mundial da Alimentação com iniciativas que unem técnica e empatia. O Plano “Alimento no Prato”, lançado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), reúne 29 ações para fortalecer o abastecimento interno e incentivar a agricultura familiar. Além disso, o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica estimula a transição para práticas sustentáveis, reduzindo impactos e ampliando o acesso a produtos saudáveis.
Por outro lado, as políticas públicas ganham força com metas concretas. O governo federal reafirmou o objetivo de erradicar a fome até 2026, alinhado à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, firmada durante a presidência brasileira do G20. Em Fortaleza, o Estádio Castelão foi iluminado de azul, simbolizando o engajamento do país nesse pacto mundial pela alimentação digna e inclusiva.
Ciência brasileira em destaque internacional
Neste ano, o Brasil ganhou reconhecimento mundial por meio da microbiologista Mariangela Hungria, vencedora do World Food Prize 2025, considerado o “Nobel da Alimentação”. Seu trabalho inovador com bactérias fixadoras de nitrogênio reduziu o uso de fertilizantes químicos e aumentou a produtividade no campo, tornando a agricultura mais sustentável. Além de seu impacto ambiental, a pesquisa reforça que o conhecimento científico pode ser uma ferramenta de inclusão e justiça social. Portanto, a ciência torna-se aliada essencial na luta contra a fome e na busca por um campo mais produtivo e ético.
O alimento como ponte para o futuro
O Dia Mundial da Alimentação não é apenas uma data comemorativa, mas um lembrete de que cada refeição carrega escolhas éticas, ambientais e humanas. Ao incentivar o consumo consciente, valorizar quem produz e promover políticas de acesso igualitário, o Brasil mostra que é possível equilibrar tecnologia e humanidade. Por fim, a data reafirma que a cooperação entre ciência, governo e sociedade é o ingrediente fundamental para um futuro com menos fome e mais partilha.