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Bebês recebem soro contra picada de cobra no lugar da vacina de hepatite B em SC

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Bebês recebem soro contra picada de cobra no lugar da vacina de hepatite B em SC
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O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) está investigando um erro de imunização que ocorreu no Hospital Santa Cruz, em Canoinhas, no Norte do estado. No dia 11 de junho, onze recém-nascidos receberam, por engano, soro antibotrópico — utilizado no tratamento de picadas de cobras — no lugar da vacina contra hepatite B, obrigatória nas primeiras horas de vida.

O caso veio à tona após a instauração de uma Notícia de Fato pela 4ª Promotoria de Justiça de Canoinhas. Segundo o promotor Leonardo Lorenzzon, foram determinadas coletas de informações iniciais junto ao hospital, ao Município e à Gerência Regional de Saúde, com prazo de 10 dias para resposta.

Segundo informações divulgadas pela imprensa local, profissionais da unidade hospitalar teriam confundido os frascos devido à similaridade da embalagem, e doses do soro contra picada de cobra foram aplicadas no lugar da vacina da hepatite B. Até o momento, nenhum dos bebês apresentou reações ou complicações de saúde. 

Entre as informações requisitadas pelo MPSC ao Hospital Santa Cruz estão a data do ocorrido, forma de armazenamento dos medicamentos, identificação e qualificação dos profissionais envolvidos, comunicação aos conselhos de classe, situação de saúde dos bebês e medidas adotadas para prevenir novos erros.

Já à Gerência Regional de Saúde, o Ministério Público solicitou esclarecimentos sobre o conhecimento prévio do caso e providências adotadas. Também foram requisitadas informações sobre eventuais convênios entre o hospital e o Município, além dos mecanismos de fiscalização utilizados pela administração pública local.

Diferenças entre a vacina e o soro 

A vacina contra hepatite B é aplicada em recém-nascidos nas primeiras 12 horas de vida para prevenir a infecção pelo vírus da hepatite B, que pode causar doenças hepáticas graves e crônicas. Já o soro antiofídico é um tratamento de emergência, utilizado exclusivamente para neutralizar o veneno de cobras peçonhentas como jararacas e jararacuçus. Quando administrado indevidamente, pode causar reações adversas e não é indicado para uso profilático.

O que diz o hospital

Em nota divulgada nas redes sociais nesta quarta-feira, dia 16, o Hospital Santa Cruz informou que está apurando os fatos por meio de uma sindicância interna.

“Desde o primeiro momento, o Hospital adotou todas as medidas de assistência e acolhimento às famílias e aos recém-nascidos envolvidos, que vêm e serão monitorados de forma contínua por nossa equipe multidisciplinar”, disse a administração.

A administração disse ainda que nenhuma das crianças apresentou reações adversas e que os bebês não estão internados. Segundo o comunicado, todos “permanecem estáveis e sob acompanhamento diário com a equipe do HSCC, bem como seus familiares, e seguimos com todos os protocolos de segurança do paciente.”

Confira abaixo a nota completa divulgada pelo hospital de Canoinhas: 



 
 
 
FONTE/CRÉDITOS: Oeste mais

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